terça-feira, 5 de outubro de 2010

O jogo


Eu prometi não me envolver. Eu prometi me esconder. Eu prometi não assumir. Prometi não sentir falta, não me preocupar, não me aborrecer.
Enquanto eu prometia, ele me tentava. Como num jogo que ele tinha certeza que não venceria, mas tava jogando, sem correr riscos, já que eu
sempre me fiz firme.
Mas eu não sou tão forte assim e acabei quebrando minhas promessas, tão inconscientemente que quando me dei conta, já não sabia o que fazer.
E quando ele percebeu, parou. Parou de dizer o que “sentia” apesar de eu sentir que quando ele me olha e sente o meu cheiro, é como se quisesse levar com ele um pedaço meu.

O jogo acabou. Sempre acaba quando um dos dois se entrega, ou até mesmo ambos. O problema é se isso não for possível por conta das circunstancias da vida. Isso acarreta o medo. E o medo só atrapalha tudo e causa desencontros.
Não quero pensar no Game Over. Prefiro o Pause. Quem sabe daqui a algum tempo nossos momentos se cruzem novamente.


Camila Medeiros [em 21 de Maio de 2010]

Um comentário:

  1. interessante esse seu modo de pensar e o texto eu me identifiquei muito..
    a respeito do se entregar... me entreguei e talvez por medo de algum acabou o romance...
    talvez, se desse um pause seria tudo menos sofrido..
    mas hoje em dia, quem quer dar "pause"?
    é reiniciar, jogaar a fita fora como se fosse um video game, e começa um novo jogo.

    seguindo seu blog.
    :*

    ResponderExcluir